A namorada.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Eu podia estar matando, roubando ou me prostituindo! Mas estou apenas namorando! Se bem que às vezes eu já cheguei até a pensar que uma das opções acima seria "melhor" e bem mais aceita. Vivemos em uma sociedade cercada de falsa moralidade que valoriza muito o "bem" e o "mal", o certo e o errado mas como determinar tais parâmetros de "qualidade"? Nós muitas vezes somos até mais criticadas do que pessoas realmente "erradas", sempre quando saimos juntas mesmo que distantes em alguns momentos, todos olham, olham novamente, param para olhar melhor e ficam comentando uns com os outros como se fossemos alguma espécie de extraterrestes altamente perigosos, a situação piora ainda mais quando tem crianças por perto, como se tal seres puros e inocentes pudessem ser "contaminados" com a nossa "doença" abominável. O tempo passa, as coisas mudam e as pessoas continuma agindo como se nunca tivessem visto lésbicas antes. Todos abominam assassinos, ladrões, prostitutas, drogados, mas entres eles e nós os "anormais" eles preferem os abomináveis porém "normais". Lamentável constatar que nosso belíssimo país em pleno SÉCULO XXI ainda é cercado de miséria, exploração, violência, ignorância, descasos públicos, abuso de poder, entre vários outros problemas, pessoas ditas evoluidas e modernas conseguem se preocupar tanto com quem eu namoro ou não! E por mais que sejamos certinhas, somos julgadas e condenadas sem direito a defesa, por mais qualidades que tenhamos o fato de não fazer o que a sociedade espera de pessoas normais faz com todas as qualidades se tornem nulas. Salvo as pessoas de mente aberta e liberais, as crianças que até então ainda não foram corrompidas por ideias esdrúxulas, e os amigos porque uma coisa é aquela lésbica estranha e desconhecida outra coisa é aquela lésbica que é sua amiga, que você conhece e gosta! Até quando vamos continuar ouvindo que é "melhor" ser uma mulher de fácil acesso(nada contra mas...) do que ser uma MULHER que gosta de outra MULHER?
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Não vivemos pedindo e nem exigindo que nos aceitem, mas ao menos queremos ser respeitadas. Queremos ter o direito de sair sem que nos olhem, nos condenando por isso.
ResponderExcluirNão queremos viver com a "culpa" por ser diferentes, não queremos ser julgadas todo o tempo por sermos apenas mais um casal de lésbicas.