quarta-feira, 25 de julho de 2012


E mesmo depois de meses, ainda me faziam a mesma pergunta: onde ela está. E eu murcha respondia não saber. Nunca gostei de falar sobre o assunto pra falar a verdade. Levarei noventa e cinco anos para superar essa minha “perda”.
Andei falado comigo mesma, zanzando pela noite, tentando te encontrar em cada improvável esquina. Todos achavam que sua partida desencadeou um surto esquizofrênico em mim e fingiam acreditar nas minhas desculpas de não haver nada. Eu até entendo. Mais do que para nós mesmas, para todas essas pessoas ao nosso redor, era importante que nós ficássemos juntas, perpetuando nossa paixão inaugural que adoecia as pessoas de inveja. Éramos os John e a Yoko de qualquer lugar. A última esperança que o mundo tinha de que amar é uma coisa possível e não apenas uma promessa. Agora voltei, mas não pelos que precisam de nós para ter certeza de algo. Voltei para mostrar que você é o “algo” do qual eu preciso. E tudo pq não tem como negar que a gente sempre repartiu o mesmo pôr-do-sol.
Mesmo num amor de linhas tortas como o nosso, o fim parece um erro, como um ponto final no meio da frase.

Um comentário:

  1. A vida é feita de escolhas, às vezes certas, às vezes nem tanto. E você fez a sua, não adiantou contestar. Mas, eu sempre desejei que você se desse conta que a sua escolha estava completamente errada.

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