sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ida sem volta.

Quando você pensa que as coisas não podem ficar piores, elas ficam piores! Até ontem eu tinha duas cachorras, uma com idade avançada, levando em consideração o tempo de vida dos cães e uma com tumor mamário. Ontem a tarde minha mãe foi ao médico com minha irmã e chegaram aqui dizendo que tinham uma notícia para me dar, observando a fisionomia delas começei a imaginar que boa coisa não seria, até que pensei não conclusão mais lógica e perguntei: "Painho sacrificou Mel?" e mainha respondeu: "Não, Lora morreu!" ... "Como assim, Lora morreu?" Gostava muito das duas, mas saber que Mel tinha sido sacrificada não teria me abalado tanto, já que ela estava doente e sofrendo, sacrificar ou não sacrificar já tinha sido muito conversando entre nós, agora Lora!? Eu sei que ela não estava vendendo saúde, já estava velhinha(12 anos), não estava comendo direito e por isso já estava BEM magrinha, o pelo estava caindo mais do que o normal e acho que ela não estava exergando direito, ainda assim era mais "fácil" acreditar que não tinha sido ela. De imediato eu fui forte, acho que na verdade eu não tinha absorvido a notícia ainda, mas ao desenrolar da conversa foi muito difícil suportar e conter as lágrimas. Escutar mainha contando que painho levantou e como sempre foi dar biscoito para elas e ela NÃO apareceu, que saiu pra ver o que tinha acontecido e encontrou ela deitada no meio do quintal, que achando estranho ela não ter acordado depois de tudo chegou perto e viu que ela estava morta, não foi nada fácil! Eu chorei muito em pensar se ela sofreu ou não, que depois de todos esses anos eu não pude nem me despedir dela. Um dia isso tinha que acontecer e já era até de se esperar pelo adiantado da idade dela, mas isso não diminui a minha tristeza nenhum pouco! E depois eu mergulhei na nostalgia, fiquei lembrando de tudo, quando Vovó me deu ela, pequenininha, gordinha, loirinha (por isso o nome), quando eu botava leitinho pra ela tomar, leva os meus brinquedinhos pro cercadinho dela na área de serviço pra ficar brincando com ela, quando os primeiros dentinhos nasceram e era aquela agonia, quando ela ganhou uma casinha no quintal e chorava pra ficar dentro de casa, das inúmeras vezes que eu e minha irmã deixavamos ela entrar e ficar passeando pela casa deixando mainha louca, de todas as vezes que eu ia dar besteiras para elas comerem, de quando ficavamos brincando no quintal, de como corria, pulava, latia, de como era uma ótima cachorra e todos esses pensamento faziam as lágrimas rolarem intensamente pelo meu rosto! Todos esses e outros momentos vão estar sempre guardados na memória! Eu realmente não sei lidar com perdas; chorei bastante, mas hoje é outro dia e a vida continua!

A namorada.

Um comentário:

  1. Que lindo da sua parte se importar com a morte da cachorrinha. Foi tão humano esse texto *--* você sofreu e tratou o animal como uma pessoa, um ente querido seu. Nos dias de hoje é raro encontrar pessoas assim: sensíveis, dispostas a amar, sentir, sem medo de chorar. Me comovi de verdade.

    Pois como você não sei lidar com perdas. Retribuindo o carinho, também acho que está seguindo o caminho certo! By Jenny

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